domingo, 31 de maio de 2009

Caratuva - Taipabuçu - Itapiroca


Ansiosos em pegar o primeiro friozinho nas nossas montanhas esse ano, partimos em direção a Fazenda Pico Paraná. O pai de Lucyano seu Cid nos desovou lá às 20:30Hrs de sexta-feira dia 15/05/09, já descemos do carro tremendo de frio, pois deveria estar fazendo uns 7 graus naquele momento, e a madrugada prometia.

Tínhamos em mente subir o Caratuva e dormir nele, aproveitando aquela noite maravilhosa que fazia, onde podíamos ver quase todas as constelações visíveis do nosso planeta.
Após uma conversada com o pessoal da fazenda partimos ao Morro do Getúlio, que eu já estava com saudades desde a última vez que tinha estado ali, a quase um ano.
Já tínhamos andado uns 30 minutos quando fomos alcançados por um companheiro de montanha era um conhecido do blog altamontanha onde eu costumava buscar informações sobre alguns trechos que pegaríamos, o nome dele é Helcio.
Logo me distanciei de Lucyano, seguindo o ritmo de Helcio, conversando com ele, me contou que estava com um grupo e iriam subir o Paraná descendo pela Face Leste.
Paramos na lagoa Seca para esperar nossos companheiros o primeiro a chegar foi Lucyano, que pode observar o equipamento que Helcio tinha levado para o trecho, um GPS e um notbook, que fizeram com que nossa localização no Google erth fosse perfeitamente exata. Em seguida chegou o restante do grupo de Helcio, então partimos, logo nos dividindo, nós na trilha do Caratuva e eles seguindo para o Paraná, o Helcio ainda pediu para avisar a Vivian com o namorado que provavelmente estariam no Caratuva que eles estariam no Paraná.
A subida noturna do Caratuva foi tranqüila, apesar de meio desgastante pela grande quantidade de tralha para ficarmos até domingo na floresta.

Alcançamos o cume meia noite, levando um susto por um amigo inesperado no meio do escuro, um cachorro que descobrimos na manhã seguinte que tinha seguido um casal que estava na montanha.
O frio começou a pegar pois paramos de movimentar e começamos a montar acampamento rapidamente para fugir daquela friagem. O rango foi uma super farofa que eu tinha feito de frango e carne-seca, muita proteína para recuperar os músculos.
Acordamos cedo para curtir o nascer do sol que estava show de bola, em seguida começaram uma dança de nuvens que permaneceu ao longo do dia. Levantamos acampamento lá pelas 9:00 horas e fomos em direção ao Taipabuçu para logo pegar a trilha para o Ferraria, essa desconhecida para nós.

A trilha para o Taipa estava fechada, como já esperamos, dificultando assim a sua conquista, mais em duas horas vencemos o trajeto, descansando em seu uns 20 minutos e partindo em direção ao desconhecido.

A principio pegamos uma trilha que descia em direção ao Ferraria, porém ela começou a ir para o lado direito em direção ao terceiro cume do Taipa, ficamos de cara com uma parede de pedra, arbustos muito íngreme que nos deixava desconfiado quanto a certeza de estarmos indo pelo caminho correto.
Após termos vencido o terceiro cume a dúvida pairou sobre nós e nos fez descer para analisar melhor outras possibilidades, ficamos andando de um lado para outro no segundo e primeiro cume do Taipa e chegamos em outro caminho que ia a principio em direção a uma fazenda.
Com isso, resolvemos abortar a missão de conquista do Pico Ferraria e conhecer aquela trilha desconhecida para nós.
Pegamos a trilha que não estava nada fácil de caminhar, com engates que insistiam em nos segurar parecendo até que tinham vontade própria.
Logo a trilha começou a ir para esquerda em direção ao Caratuva, começou a ficar melhor o estado parecendo que algumas pessoas à utilizavam regularmente, por estar úmida nos proporcionou alguns tombaços, em um desses o Lucyano detonou a calça que ele tinha comprado de R$ 1,99, hehehe.
Já estávamos descendo no vale e ficando sem água quando Lucyano avistou entre as rochas do gigante Caratuva um fiozinho do liquido precioso, ele se jogou como se tivesse avistado um Oasis no deserto, bebendo e enchendo as garrafas, falei para ele não encher muito as garrafas porque eu acreditava que nós íamos encontrar o começo da trilha do Caratuva e a trilha do Paraná em seguida, pois já tínhamos andado umas 2:30Hrs.
Mais uns 15 minutos andando, encontramos fitas amarelas e pretas, bloqueando aquela trilha era o começo da subida do Caratuva, como eu tinha pensado. Haviamos conhecido a trilha direta ao Taipa da Fazenda Pico Paraná.

Nossa atrapalhada tentativa ao Ferraria não foi em vão, pois essa trilha, numa próxima tentativa irá servir para economizar a subida do Caratuva, fazendo com que possamos subir apenas o Taipa.
Era sábado às 15:00 da tarde e nos encontrávamos lamentando um pouco na trilha do Paraná, e então acertamos subir o Itapiroca já que o Lucyano não o conhecia e o pai dele só poderia nos buscar no dia seguinte.
Em 20 minutos atingimos a primeira bica da Trilha do Paraná, descansamos um pouco abastecemos as garrafas e partimos ao Itapiroca, em 1:00H o vencemos, encontrando a barraca do casal e o cachorro que havíamos encontrado no dia anterior no Caratuva.

Montamos a barraca, conversamos com o Anderson e a Vivian um casal de montanhistas muito simpático e curtimos o pôr do sol, fazendo um rangão em seguida com o fogareiro do casal já que o nosso apresentou um problema técnico.

Comi um monte de macarrão com atum e aquela farofa que havia sobrado além de chocolate de sobremesa, nunca tinha comido tanto, logo após deitamos, Lucyano dormiu logo após terminar a primeira frase depois da refeição, eu fiquei me virando um bom tanto antes de dar as minhas cochiladas.

Na manhã, sem chance de levantar pára ver o nascer do sol, pois deveria estar zero grau, meus pés estavam gelado mesmo com 3 pares de meias, cheguei a colocar até na mochila para ver se melhorava.
Lá pelas 09:00Hrs descemos para a Fazenda onde prosseguimos caminhando até o encontro com o pai de Lucyano. Na descida do Getulio em vim na frente a ritmo forte e Lucyano acabou ficando para trás, quando ele me encontrou na Fazenda estava com uma cara de desanimado, pois tinha perdido o seu saco de dormir que o acompanhava a mais de 10 anos (eu falei que já era hora dele trocar mesmo hehehe).

Numa parte da estrada indo em direção a Br o casal nos deu um carona de carro, até um boteco onde eu tirei o que tinha sobrado da grana do bolso e paguei 2 cervejas e um salgadinho daqueles mais fuleiros que existem, mas naquele momento estava um gostoso tira gosto. Seu Cid nos encontrou pouco depois, nos trazendo para Antonina.