sábado, 6 de setembro de 2008

Caratuva e Taipabuçu


Tempo bom e Lua Cheia é igual a montanha, sendo assim, no mês de julho de 2008 marcamos para desbravar um novo morro, que é belíssimo, principalmente visto do Caratuva e tem um nome muito estranho Taipabuçu.
Com a falta de tempo de Luciano pelo trabalho que ele exerce partimos a tardezinha, e fomos parados na blitz no posto policial da BR 166, rumo a Fazenda, atrasando ainda mais nossa subida.

Já na Fazenda Pico Paraná, partimos lá pelas 18:00Hs, rumo ao Caratuva. Era a primeira vez que eu fazia uma subida a noite e estava empolgado.
Sabendo da dificuldade de encontrar água, no começo do Caratuva optamos em esconder nossas mochilas e ir até a primeira bica da trilha do Pico Paraná e voltar com 4 litros d’água para passar a noite e fazer o ataque ao Taipabuçu no dia seguinte.
Com isso, nossa subida demorou mais, levando cerca de 4:00Hs, ás 22:00Hs já no cume procuramos um lugar para bivacar, percebemos que tempo bom e Lua Cheia é igual a montanha para muita gente, estava lotado de barracas por todos os lados.
Percebi, com isso, que eram mais interessantes as montanhas que ficam próximas a Fazenda do Bolinha, pela pouca visitação existente naquela região.
Encontramos acredito ser o pior lugar para acampar no Caratuva, ficava numa descida, mais tudo bem, comemos misto quente e bebemos vinho, logo após tentei dar uma cochilada porque dormir propriamente, não tem a menor chance de acontecer com Luciano roncando como um urso.
Acordamos cedo para ver o sol em meio a umas 15 pessoas, inclusive dois camaradas que eu tinha conversado dias atrás no Camapuan.
Foi muito massa consegui algumas fotos iradas, logo após partimos para o Taipa (é como eu prefiro chamar intimamente o Taipabuçu).
A descida da encosta do Caratuva a princípio é tenebrosa, porém se você agachar e segurar na vegetação e nas pedras existente na trilha fica mais fácil, logo alcançamos uma floresta da planta que dá nome á montanha caratuva, que é da mesma família do bambu.
Do Caratuva até o Taipa existe o que chamamos de Sela que nos permite passar de um morro ao outro sem descer até o vale como acontece em algumas montanhas. Já na florestinha vimos que não iria ser tão fácil o formato do Taipa parece fazer uma curva, com vários morrinhos que temos que passar.
Em 1:40Hs chegamos no cume do Taipa, procurei a caixinha que se encontrava jogada sem o caderno cume para nossa descepção. Amarrei-a em um arbusto perto da pedra mais alta do cume tiramos várias fotos, verifiquei a trilha para o Ferraria gigante que ocupa o terceiro lugar, com relação a altura em nosso Himalaia e brincamos com a acústica daquele lugar, gritando e escutando a volta que o som dá pelos vales entre o Paraná, Caratuva e Companhia.
Voltamos para enfrentar a subida do Caratuva, que foi um pouco mais demorado por umas dúvidas no começo da volta e por ser um morro maior também. Desmontamos o acampamento e descemos para a Fazenda do Pico Paraná.
Chegamos um pouco cansados, meio machucados, mais animados com o lugar e com outras possibilidades que podem ser proporcionadas, visando uma travessia, por exemplo, começando pelo bairro alto em Antonina já que conhecemos boa parte da trilha de baixo e agora a de cima também.
Em breve voltaremos áquele magnífico lugar, talvez na próxima Lua Cheia...

Um comentário:

Marcelo disse...

estive la hoje e caixa cume continua amarrada da mesma forma! Valeu irmão!!